quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ho' oponopono...


Em primeiro lugar peço desculpas pela escrita mal organizada, textinho escrito rápido e sem muitas arestas... Mas cheio de boas intenções. Lá vai:
 
Penso que todas as pessoas estão envolvidas nos processos de cura umas das outras, nos processos de dores emocionais, espirituais e físicas. Mas claro, há aqueles a quem o ser escolhe para tratar sua dor, aqueles com quem fala sobre sua dor, estes estão, provavelmente, muito mais “dentro” do processo. E como vamos parar em tal ou tal médico? Em tal ou tal psicólogo ou terapeuta? Em tal ou tal religião? Por indicação, por ouvir falar... Sinto que é muito mais que isso, vamos por que realmente é ali que temos que ir, é naquele profissional que temos que ir. E o que acontece quando a dor é muito grande e simplesmente a ajuda não vem? Pois é, um grande aprendizado! Justamente aí aparecem os ensinamentos da vida, quando menos esperamos. Tudo nos ensina, tudo!

E há, neste mundo de infinitas possibilidades esotéricas, místicas, surreais, psicoterapêuticas, científicas e mais e mais, um processo de evolução e transformação que surgiu em minha vida há muitos anos e, como boa preguiçosa que era, estou somente agora me entregando a ele, chama-se Ho’oponopono. Nome bem sonoro e até complicadinho pra quem ouve a primeira vez, mas é somente uma forma de chamar um processo extremamente simples e eficaz. Tentarei disciplinar-me e falar mais dele nos próximos posts.

Lembrei do Ho’oponopono por que hoje aconteceu algo que me chateou bastante e, ao mesmo tempo me fez questionar por que motivo isso chegou até mim, em um dia em que eu estava um pouco fragilizada por causa de uma dor física (no ciático), que quem já teve sabe que dói bastante e é uma dor que não te abandona!

É sabido que as energias que chegam até nós vêm por que permitimos, estamos abertos, mesmo que não aceitemos isso. Essa vigilância é extremamente importante a cada minuto, perceber conscientemente a que estamos abertos!

Então, quem sabe esse fato desagradável tenha vindo para que o Ho’oponopono se instale de vez em minha vida e, que eu, a partir de agora, me “policie” amorosamente para que esse tipo de energia influencie negativamente menos a minha vida.

Então, coloco aqui a oração do Ho’oponopono, para que a sintam e, se gostarem que a façam...

 

“Divino Criador, pai, mãe, filho em um. Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofenderam, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão. Deixe isto limpar, purificar, liberar, cortar todas as lembranças, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz. E assim está feito.”

(Morrnah Nalamaku)

Uma parte do processo do Ho’oponopono:

Utilizar as frases desta seqüência:

“Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.” várias vezes, você pode destacar uma que lhe toca mais naquele momento e repeti-la. Deixe sua intuição lhe guiar.

Quando você diz “Sinto muito” você reconhece que algo (não importa se saber o que) penetrou no seu sistema corpo/mente. Você quer o perdão interior pelo o que lhe trouxe aquilo.

Ao dizer “Me perdoe” você não está pedindo a Deus para te perdoar, você está pedindo a Deus para te ajudar a se perdoar.

Te amo” transmuta a energia bloqueada (que é o problema) em energia fluindo, religa você ao Divino.

Sou grato” é a sua expressão de gratidão, sua fé que tudo será resolvido para o bem maior de todos envolvidos.

A partir deste momento o que acontece a seguir é determinado pela Divindade, você pode ser inspirado a tomar alguma ação, qualquer que seja, ou não. Se continuar uma dúvida, continue o processo de limpeza e logo terás a resposta quando completamente limpo.

(Ho’oponopono)

 

Bom amores, mesmo aqueles não crentes, podem usar estas palavras, não penso aqui em que as pessoas tenham que ser “tão boazinhas” a ponto de perdoar e justificar tudo o que os outros fazem, ESTOU APRENDENDO que não pode ser assim, FAZ MAL... Mas podemos tentar sentir os motivos e o quanto estamos abertos a energias que não são positivas e nos precaver...

Desejo a todos um dia de muito amor e energias positivas, alegres e fluídas... Se por acaso não for um dia assim, contem com minhas irradiações de carinho e sintam o que essas energias têm pra ensinar.

Abraços fraternos e cheios de afeto!!!!
Maria

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

La Belle Verte - The Green Beautiful (1996) (Leg. Pt)


Las hojas no caen, se sueltan


Sempre me pareceu espetacular a queda de uma folha.
Agora, no entanto, me dou conta que nenhuma folha "cai", se não que chegado o cenário do outono inicia a dança maravilhosa de soltar-se.
Cada folha que se solta é um convite ao desprendimento.
As folhas não caem, se desprendem em um gesto supremo de generosidade e profundo de sabedoria:
a folha que não se aferra ao ramo e se lança ao vazio do ar
sabe o som profundo de uma vida que está sempre em movimento
e em atitude de renovação.
A folha que se solta compreende e aceita que o espaço vazio
deixado por ela
é a matriz generosa que abrigará o broto de uma nova folha.
A coreografia das folhas soltando-se e abandonando-se
à sinfonia do vento
traça um indizível canto de liberdade e supõe uma interpelação
constante e contundente
para todas e cada uma das árvores humanas que somos nós.
Cada folha ao ar que me está sussurrando ao ouvido da alma
solta-te! entrega-te! abandona-te! confia!
Cada folha que se desata fica unida invisível e sutilmente
à brisa de sua própria entrega e liberdade.
Com este gesto a folha realiza seu mais impressionante movimento
de criatividade
já que com ele está gestando o irromper de uma próxima primavera.
Reconheço e confesso publicamente,
perante este público de folhas movendo-se ao compasso do ar da manhã,
que sou uma árvore ao qual custa-lhe soltar muitas de suas folhas.
Tenho medo diante da incerteza de um novo broto.
Me sinto tão cômoda e segura com estas folhas previsíveis,
com estes hábitos perenes,
com estas condutas focadas, com estes pensamentos enraizados,
com este entorno já conhecido...
Quero, neste tempo, somar-me a essa sabedoria,
generosidade e beleza das folhas que "se deixam cair".
Quero lançar-me a este abismo otonal que me submerge
em um autêntico espaço de fé,
confiança, esplendor e doação.
Sei que quando sou eu que me solto, desde minha própria
consciência e liberdade,
o deprender do ramo é muito menos doloroso e mais bonito.
Somente as folhas que resistem, que negam o óbvio,
terão que ser arrancadas por um vento muito mais
agressivo e impetuoso
e cairão ao chão pelo peso de sua própria dor.
 
********
Ler o texto em español:
 
Las hojas no caen, se sueltan.

 
Texto original de José María Toro,

extraído del libro "La Sabiduría de Vivir"

(2ª ed.) EDITORIAL DESCLÉE, páginas 37 y 38.